Vídeos curtos: uma tendência que segue firme

Vídeos curtos: uma tendência que segue firme

Que os vídeos curtos estão dominando o mundo, a gente já sabe. Mas esse é um tipo de conteúdo audiovisual que veio para ficar. Sim, os famosos vídeos do TikTok, os Reels do Instagram e os Shorts do YouTube conquistaram de vez nosso coração — e nossa mente.

De influenciadores digitais a grandes empresas, os vídeos curtos são usados para atender diferentes demandas. Seja para conseguir mais likes ou para fazer uma venda, esse tipo de estratégia desperta muito interesse em quem trabalha com conteúdos digitais.

Popularização dos vídeos curtos

Como as pessoas estão passando cada vez mais tempo nos celulares, seja para trabalho ou para entretenimento, os hábitos de visualização também vêm se transformando.

De acordo com uma pesquisa Kantar IBOPE Media, em 2023, 99,63% da população brasileira já consumia conteúdos em vídeo. Da média de 5h14min por dia, quase a metade — 2h23min — foram consumidas online. Ou seja, todo tipo de estratégia pensada em cima dos conteúdos audiovisuais tem um enorme potencial de alcance.

Porém, não é qualquer tipo de vídeo que consegue cativar a atenção das pessoas, que, aliás, é um recurso cada vez mais escasso.

Em um podcast da Associação Americana de Psicologia, a psicóloga Gloria Mark, PhD pela Universidade de Colúmbia em impacto da mídia digital na vida das pessoas, afirma que um estudo iniciado 2004 revelou que as pessoas naquela época tinham tempo médio de atenção na tela de dois minutos e meio. Esse número despencou para um minuto e quinze segundos em 2012. Já em 2018, a média era de 47 segundos.

Não é à toa que os vídeos curtos estão cada vez mais populares. E cada vez mais curtos.

O TikTok

Quando falamos sobre os vídeos curtos, logo pensamos nas redes sociais. O TikTok, por exemplo, foi o aplicativo mais baixado no mundo em 2024, segundo dados da SensorTower, com 773 milhões de downloads.

Gráfico de downloads do aplicativo TikTok de 2017 a 2024

No Brasil, mesmo sem um número consolidado de downloads, estima-se que o aplicativo tenha sido baixado cerca de 900 mil vezes por semana em 2024. Além disso, no início do ano passado, o TikTok contava com cerca de 98,6 milhões de usuários com 18 anos ou mais no país. Isso representa 59,8% da população brasileira adulta.

Com cada vez mais possibilidades de edição, o TikTok é extremamente user friendly. Além disso, permite o compartilhamento das publicações em outras redes sociais para atingir diferentes públicos.

Sendo assim, a partir de vídeos curtos em estilo tutorial, ou até mesmo mais descontraídos, é possível chamar atenção do público e apresentar uma novidade, um produto, um serviço, um novo colaborador, entre outras possibilidades.

O Instagram Reels

Lançado em 2020, o Instagram Reels já contava, em 2024, com 2 bilhões de usuários ativos, e já representava 50% do tempo total gasto por usuários do Instagram. O Brasil é o terceiro maior consumidor dos Reels, responsável por 133 milhões de usuários — atrás apenas dos EUA, com 169 milhões, e da Índia, com 327 milhões.

Ao longo de seu desenvolvimento, algumas funções foram sendo adicionadas à ferramenta, permitindo a criação de vídeos cada vez mais envolventes. Entre elas estão modelos pré-definidos, legendas, temporizador e controle de gestos, para citar algumas. Outra função que costuma fazer sucesso é o remix. Ela permite a produção de conteúdos com base em vídeos gravados por outras pessoas, dividindo a tela em duas: cada lado com uma versão. Essa é uma ótima função para empresas que precisam mostrar a diferença entre um produto ou serviço e outro, por exemplo.

O YouTube Shorts

Em junho de 2021, o lançamento do YouTube Shorts ajudou ainda mais na popularização dos vídeos curtos, gravados na vertical, com uma proposta similar ao Tik Tok e ao Instagram Reels.

Lançado com o intuito de aproveitar o sucesso dos vídeos curtos, o Shorts permite atualmente vídeos de até 180 segundos e é exibido na página inicial da rede social. Além disso, também conta com uma aba dedicada no aplicativo, com uma navegação de rolagem infinita, similar ao das outras redes sociais.

Em 2024, o YouTube Shorts atingiu 70 bilhões de visualizações diárias.

Anúncios para vídeos curtos

Quando Mark Rabkin atuava como VP de Ads do Facebook, ele fez um comentário importante, afirmando que as pessoas podem até assistir a qualquer conteúdo online, mas só darão atenção aos anúncios que realmente forem interessantes para elas e mostrarem um verdadeiro diferencial.

Nesse contexto, os vídeos curtos também saem na frente. Em um teste comparativo entre vídeos de seis e de 30 segundos, realizado pela Champs Sports — uma das maiores redes de lojas de artigos esportivos dos Estados Unidos —, os vídeos de seis segundos renderam aumentos de 11% em lembrança de anúncio, de 12% em ROAS (Retorno sobre o Investimento em Publicidade) e de 271% no total de views completos.

Como usar os vídeos curtos nas estratégias digitais?

Se você já assistiu a algum vídeo na internet recentemente, seja no YouTube ou em alguma matéria jornalística, você certamente já foi impactado por um vídeo de até trinta segundos que não permitia pulos ou avanços.

Esse tem sido o espaço para as marcas trabalharem seus conteúdos, o que se prova um enorme desafio: como capturar o interesse do público em pouquíssimo tempo, para que a pessoa veja o vídeo até o fim ou queira acessar mais informações sobre aquele conteúdo?

A Bring, por exemplo, tem enfrentado esse desafio com sucesso e já produziu conteúdos nesses formatos, para marcas como a Dry Brasil. 

Prender a atenção de um público cada vez mais disperso exige a criação de vídeos extremamente objetivos, atraentes, que tenham uma duração total mínima, ou que ao menos funcionem por si só nos primeiros segundos — antes que dedos ansiosos cliquem em “pular”.

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