O que faz um branded content ser estratégico?

Você já se perguntou o que faz um branded content ser estratégico? O fato é: quando o conteúdo faz a diferença, ele não é por acaso. Por isso, se você busca por essa resposta, saiba que está no caminho certo, pois a estratégia é fundamental para atrair o público de maneira natural e alcançar bons resultados.

Se você ainda tem dúvidas sobre o que é branded content, vale lembrar: o foco não é vender o produto, mas criar um conteúdo que conecte e gere interesse de verdade. Nesse sentido, não é difícil de compreender porque um estudo da IPG Media Lab em parceria com a Forbes mostrou que o recall (ou seja, a lembrança da marca) é 59% maior no branded content do que em outras ações publicitárias. Os resultados foram claros: o branded content gerou um aumento de 43% na favorabilidade da marca e 53% na consideração de compra.

Observar, ouvir, analisar

Pensando que estratégia é o “planejamento de ações, jogadas, medidas etc. que visam um objetivo, procurando levar em consideração todas as variáveis possíveis” (Aulete), é preciso conhecer todas as facetas do público-alvo.

Voltando ao estudo da IPG Media Lab: para se conectar de verdade com o público, o conteúdo precisa girar em torno dele. Parece óbvio, mas muita gente ainda erra ao tentar falar com todo mundo ao mesmo tempo. Por isso, antes de sair produzindo, descubra o que é realmente interessante para sua audiência Olhar para dados psicográficos, comportamentais e tendências, por exemplo, é um ótimo começo:

  • Dados psicográficos: estilo de vida, valores, dores, inseguranças;
  • Dados comportamentais: hábitos de compra, uso da tecnologia, linguagem preferida, senso de humor;
  • Tendências: Assuntos de interesse em alta, memes, músicas, vídeos virais, estética, tecnologias, mídias, etc.

Essas informações são ouro na hora de criar algo que realmente converse com quem está do outro lado.

Conte uma boa história

Aqui entra o storytelling. Com uma boa história, você prende a atenção e cria conexão. Em 2013, a Dove realizou o curta-metragem “Retratos da Real Beleza” que interpretou a insegurança do público feminino e a transformou em uma declaração; transpondo o assunto de maneira delicada e emocionante. Ricardo Honegger, diretor de contas da agência de publicidade da Dove na época, disse à revista Exame:

A peça transformou-se numa experiência social, com um conceito ao mesmo tempo simples e verdadeiro. É fato que as mulheres do mundo inteiro têm em comum a autocrítica excessiva. Descobrimos numa pesquisa de mercado global que apenas 4% sentem-se seguras em relação à sua aparência.

O que reforça a relevância da pesquisa para uma boa construção da história.

Outro exemplo é a colaboração entre a Netflix e o The New York Times na matéria interativa “Women Inmates: Why the Male Model Doesn’t Work”, feita em 2014. A reportagem aborda como o sistema prisional falha em atender às necessidades das mulheres. A Netflix assina o conteúdo sem exaltar diretamente a série Orange Is the New Black, mas cria uma ponte clara com o tema — inclusive, imageticamente.

Em 2025, a Mercedes-AMG Petronas F1 Team, em parceria com o WhatsApp, lançou o documentário The Seat na Netflix. O filme de 45 minutos mostra os bastidores da escolha do jovem piloto Andrea Kimi Antonelli para substituir Lewis Hamilton. Grande parte das conversas e decisões sobre essa transição aconteceu via WhatsApp, sendo a ferramenta de comunicação oficial da equipe. Dessa maneira, o branded content apareceu de forma natural, uma vez que a marca já fazia parte da narrativa. Uma oportunidade bem aproveitada.

Benefícios de um branded content estratégico

Agora que você já sabe como construir esse tipo de conteúdo, vale entender o que ele pode gerar de resultado. Spoiler: não é pouca coisa!

Primeiro, ele amplia o alcance da marca ao colocá-la em novos canais, de forma orgânica. Depois, atrai a atenção do público com conteúdos que não são pulados e nem bloqueados: eles informam, entretêm e engajam.

Isso fortalece a imagem da marca. Ao entregar valor, a marca passa a ser vista com mais confiança e respeito. Além disso, o branded content tem alto poder de fixação. Quando o público precisar de algo, sua marca será a primeira lembrada.

E tem mais: conteúdos relevantes acionam o gatilho da reciprocidade. Quem recebe algo útil sente vontade de retribuir, seja compartilhando, acessando o site ou comprando.

E o que vem por aí?

Além dos resultados que já conhecemos, o branded content caminha lado a lado com uma tendência cada vez mais forte no marketing: a personalização real da experiência do cliente. No State of the Customer Experience Report 2025, especialistas reforçam a importância de colocar as pessoas no centro, inclusive na hora de contar histórias. Katie Costanzo, presidente de Customer Experience da CSG, empresa premiada de software como serviço (SaaS), aponta:

“É fácil se deixar levar por tecnologias chamativas e tendências passageiras, mas o que sustenta uma boa estratégia de experiência continua o mesmo: fazer o cliente se sentir conhecido, ouvido e compreendido […] A lealdade do cliente não nasce de truques. Ela é resultado de interações consistentes e empáticas.”

Mas e as tecnologias? São complemento do dia a dia e ferramentas facilitadoras, dizem os especialistas, de acordo com a pesquisa.

“Ferramentas digitais e inteligência artificial são valiosas, principalmente para capacitar colaboradores, tanto na linha de frente quanto nos bastidores. Mas elas devem complementar, e não substituir, as experiências humanas que os consumidores realmente desejam”, completa Katie.

“Na era da IA, oferecer experiências personalizadas não é mais um diferencial competitivo — é uma exigência do mercado. E com os avanços em IA generativa e automação, a personalização nunca foi tão fácil de escalar“, ressalta Christopher Schyma, Chief Transformation Officer da Merkle.

Ou seja: branded content estratégico também é tecnológico, sem deixar a sensibilidade humana de lado. Esse é o conteúdo que a gente acredita. Se quiser saber como aplicar uma ação de branded content estratégico no seu negócio, conta com a gente. Vamos conversar?

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